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sábado, 2 de outubro de 2010

Nas mãos dos eleitores

Nas mãos dos eleitores

Artigo de Dom Demétrio Valentini
Diocese de Jales



Arquivo
O Bispo de Jales (SP), Dom Demétrio Valentini: ''A fé e o voto são atitudes pessoais, com postura de liberdade''
O dia das eleições está chegando. Agora a decisão está nas mãos dos eleitores. O voto é soberano. Ele se constitui no fundamento da democracia. Todo o arcabouço jurídico que o protege tem a finalidade de garantir que ele seja, de fato,  a expressão da vontade de cada eleitor. Por isto, o maior atentado contra a democracia é perverter o voto do eleitor,  pela compra e venda, ou por qualquer outro expediente.

A sabedoria popular cunhou a afirmação contundente, e acertada: voto não tem preço, tem consequências!

A campanha eleitoral deveria fornecer elementos para os eleitores fazerem sua escolha, livremente, a partir das conclusões a que  cada um chegar.

Quanto menos a campanha cumpre sua missão, maior a responsabilidade do eleitor. É o que se pode dizer da campanha deste ano.  Por muitos motivos, ela deixou a desejar. Pouco contribuiu para o debate sereno, claro, objetivo, em torno de propostas de governo para o país. Ficou por demais carregada de ataques pessoais, em tentativas de desmoralizar os adversários.

Por isto, o eleitor tem algumas tarefas a mais, desta vez.

Em primeiro lugar, sacudir o clima de acusações e calúnias perversas e fantasiosas, lançadas não importa contra quem. Precisamos neutralizar estas tentativas de desestabilizar candidaturas com ataques pessoais e acusações infundadas. É necessário desencorajar seus autores. Caso contrário inviabilizamos a prática democrática em nosso país, incentivando os que se escondem no anonimato da internet para desferir seus golpes contra os desafetos de seus preconceitos. Contra o obscurantismo, nada melhor do que a lucidez e a coragem dos eleitores em livrar seu voto da asfixia de acusações gratuitas e injustas.

Urge também depurar as versões da grande mídia, que são no mínimo tendenciosas, para dizer pouco, e para deixar que cada eleitor imagine quais são os interesses que se escondem por trás destas posições veiculadas às vezes com rara virulência contra alguns candidatos. Formar a própria opinião, prescindindo das grandes manchetes, é tarefa difícil, mas não impossível para cidadãos maduros e adultos que queremos ser.

Como a campanha pouco ajudou para compreender o que está se passando em nossa realidade brasileira, nos últimos anos, cabe a nós fazer uma análise ponderada, com a lucidez de nosso bom senso, e conferir o que está no bom caminho, e o que  seria possível melhorar. E então, com nosso voto sinalizar em quem depositamos nossa confiança para garantir que nossas expectativas possam, minimamente, se cumprir.

Para esta análise, não pode faltar uma referência às grandes desigualdades sociais que são a marca registrada de nosso país, e perceber como estão sendo enfrentadas. Com nosso voto, precisamos expressar nosso juízo de valor sobre o processo de superação de nossas mazelas sociais, que está em andamento, e dar nosso voto em favor das propostas apresentadas pelos candidatos, não as fantasiosas e irresponsáveis, mas as realistas e consistentes.

Esta campanha não vai deixar saudades para ninguém. Mas o voto tem o poder de redimir até uma campanha mal realizada. Afinal, a responsabilidade recai mesmo sobre cada eleitor. Quanto menos ele precisar de recomendações, melhor será o seu voto
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Dom Demétrio ValentiniBispo de Jales
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Voto cristão: qual o seu compromisso na frente da urna?

Leonardo Meira
Da Redação



Em sentido horário: Dom Paulo Peixoto, Dom Eugenio Sales, Dom Walmor Oliveira, Dom Odilo Scherer, Dom Demétrio Valentini e Dom Orani Tempesta

São 13 teclas com poder de transformar o futuro do Brasil. É a partir da combinação dos números que o eleitor digitar na urna eletrônica que a nação começa a ganhar seus contornos.

Quais critérios o cristão deve levar em consideração na hora do voto? A redação do noticias.cancaonova.com recebeu artigos de alguns bispos brasileiros nos últimos dias que oferecem uma série de pressupostos que podem ajudar na escolha dos candidatos.
Acesse
.: O Voto Católico (Dom Eugenio Sales)
.: Resultados eleitorais (Dom Walmor Oliveira)
.: O Brasil que os brasileiros querem (Dom Odilo Scherer).: Aproximam-se as eleições (Dom Orani Tempesta)
.: Nas mãos dos eleitores (Dom Demétrio Valentini).: Dia das eleições (Dom Paulo Mendes Peixoto)

"No que toca à sua missão, não compete à Igreja, essencialmente, sugerir uma opção partidária determinada. Mas sim conclamar todos os seus leigos, cuja vocação é exatamente a de santificar a realidade temporal, para que cada um assuma suas responsabilidades com empenho e coerência", adverte o Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro (RJ), Cardeal Dom Eugenio Sales.

Já o Arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira, acrescenta: "A Igreja não faz política partidária, essa tem sua incontestável e necessária importância. Ela não pode correr o risco de perder rumos, declinando em direções antidemocráticas e autoritárias. [...] Os critérios éticos discursados em documentos e cartilhas, debates e reflexões na Igreja Católica têm força na ideia que clareia realidades, nomes e permitem discernir o melhor para a sociedade".

O Arcebispo de São Paulo (SP), Cardeal Dom Odilo Scherer, também oferece sua contribuição: "Votar bem é importante para o Brasil; deixando agora de fazer as escolhas certas, poderíamos estar colaborando para que o País seja governado mal, leis desajeitadas e até injustas sejam aprovadas, a riqueza nacional seja mal administrada, ou desviada de sua legítima destinação, e o sofrimento de muitos brasileiros se prolongue por mais tempo".

"A pátria será aquela que desejamos com o nosso voto", explica o Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), Dom Orani Tempesta. "Quem não tem o coração disponível para Deus e para os princípios de sua Palavra, não é apto para representar autenticamente a população. Os seus objetivos, com facilidade, se tornam reducionistas, servindo a si mesmo e a seu grupo de interesse", agrega o Bispo de São José do Rio Preto (SP), Dom Paulo Mendes Peixoto.

O Bispo de Jales (SP), Dom Demétrio Valentini, acredita que a campanha não ajudou a trazer luzes de compreensão sobre a realidade brasileira concreta. "Cabe a nós fazer uma análise ponderada, com a lucidez de nosso bom senso, e conferir o que está no bom caminho, e o que  seria possível melhorar. E então, com nosso voto sinalizar em quem depositamos nossa confiança para garantir que nossas expectativas possam, minimamente, se cumprir", indica.
Leia mais.: Eleitor deve levar documento com foto para votar no domingo.: Voto cristão deve ser solidário e buscar bem comum, diz estudioso
.: Votos brancos ou nulos interferem no resultado da eleição?
.: Justificativa eleitoral pode ser preenchida pela internet
.: Eleitor deve levar número de candidatos anotados, sugere TSE
.: Especialista dá dicas de como escolher bem seu candidato
.: Votar Bem - Bispos dão orientações sobre o pleito eleitoral

.: Folheto 10 Mandamentos para o voto consciente



Critérios e reforma

Todos os prelados indicam alguns pontos básicos que deveriam orientar o voto cristão, bem como a necessidade de uma reforma política que ajude a reordenar as práticas e exercícios da realidade eleitoral.

"O nosso voto deve ser mais ético. Mas o que entendemos com isto? Ele deve expressar, de forma esclarecida e consciente, a nossa cidadania, superando os desencantos com a política, elegendo pessoas comprometidas com o respeito à vida, à família e à dignidade humana", diz Dom Paulo Peixoto.

"A defesa da dignidade da Pessoa humana e da Vida em todas as fases e manifestações, defesa da família segundo o plano de Deus, liberdade de Educação e liberdade religiosa no ensino, a solidariedade com particular atenção aos pobres e excluídos, o respeito à subsidiariedade e o compromisso na construção de uma cultura da paz em todos os níveis", salienta Dom Orani Tempesta.

O Cardeal Dom Odilo Scherer ressalta que "a sociedade que descuida da família destrói suas próprias bases. Que projetos construtivos os candidatos e partidos têm para a família? Os eleitores podem contribuir para que o Poder Público promova o casamento e a família bem constituída, ou também para a dissolução cada vez maior dela. Também a religião pertence à identidade de um povo e não deve deixar de merecer a atenção a postura de partidos e candidatos sobre a liberdade religiosa e de consciência, o respeito pelas convicções, símbolos e instituições religiosas dos cidadãos e a livre manifestação de sua fé".

Dom Walmor Oliveira defende que "o ato de votar precisa ser precedido de um exercício cidadão de aplicação de critérios para ajuizar valoração quanto aos nomes que estão se oferecendo para serem sufragados nas eleições deste ano".

"As eleições devem marcar o rumo que desejamos imprimir na sociedade.", finaliza Dom Orani.

Veja também.: Ficha Limpa traz benefícios para as eleições deste ano
.: Conheça as novidades das eleições deste ano
.: Você sabe o que faz o presidente ou um deputado?
.: História do voto eleitoral


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Votar bem: Orientação dos bispos aos fiéis católicos

 

Os Bispos Católicos do Regional Sul 1, da CNBB (Estado de São Paulo), no cumprimento de sua missão pastoral, oferecem as seguintes orientações aos seus fiéis para a participação consciente e responsável no processo político-eleitoral deste ano:
1. O poder político emana do povo. Votar é um exercício importante de cidadania; por isso, não deixe de participar das eleições e de exercer bem este poder. Lembre-se de que seu voto contribui para definir a vida política do País e do nosso Estado.
2. O exercício do poder é um serviço ao povo. Verifique se os candidatos estão comprometidos com as grandes questões que requerem ações decididas dos governantes e legisladores: a superação da pobreza, a promoção de uma economia voltada para a criação de postos de trabalho e melhor distribuição da renda, educação de qualidade para todos, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à vida e defesa do meio ambiente.
3. Governar é promover o bem comum. Veja se os candidatos e seus partidos estão comprometidos com a justiça e a solidariedade social, a segurança pública, a superação da violência, a justiça no campo, a dignidade da pessoa, os direitos humanos, a cultura da paz e o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até à morte natural. São valores fundamentais irrenunciáveis para o convívio social. Isso também supõe o reconhecimento à legítima posse de bens e à dimensão social da propriedade.
4. O bom governante governa para todos. Observe se os candidatos representam apenas o interesse de um grupo específico ou se pretendem promover políticas que beneficiem a sociedade como um todo, levando em conta, especialmente, as camadas sociais mais frágeis e necessitadas da atenção do Poder público.
5. O homem público deve ter idoneidade moral. Dê seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”, dignos de confiança, capazes de governar com prudência e equidade e de fazer leis boas e justas para o convívio social.
6. Voto não é mercadoria. Fique atento à prática da corrupção eleitoral, ao abuso do poder econômico, à compra de votos e ao uso indevido da máquina administrativa na campanha eleitoral. Fatos como esses devem ser denunciados imediatamente, com testemunhas, às autoridades competentes. Questione também se os candidatos estão dispostos a administrar ou legislar de forma transparente, aceitando mecanismos de controle por parte da sociedade. Candidatos com um histórico de corrupção ou má gestão dos recursos públicos não devem receber nosso apoio nas eleições.
7. Voto consciente não é troca de favores, mas uma escolha livre. Procure conhecer os candidatos, sua história pessoal, suas ideias e as propostas defendidas por eles e os partidos aos quais estão filiados. Vote em candidatos que representem e defendam, depois de eleitos, as convicções que você também defende.
8. A religião pertence à identidade de um povo. Vote em candidatos que respeitem a liberdade de consciência, as convicções religiosas dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação de sua fé.
9. A família é um patrimônio da humanidade e um bem insubstituível para a pessoa. Ajude a promover, com seu voto, a proteção da família contra todas as ameaças à sua missão e identidade natural. A sociedade que descuida da família destrói as próprias bases.
10. Votar é importante, mas ainda não é tudo. Acompanhe, depois das eleições, as ações e decisões políticas e administrativas dos governantes e parlamentares, para cobrar deles a coerência para com as promessas de campanha e apoiar as decisões acertadas.
Aparecida, 29 de junho de 2010.
Dom Nelson Westrupp, SCJ
Presidente do CONSER
Dom Benedito Beni dos Santos
Vice-Presidente
Dom Airton José dos Santos
Secretário-Geral